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O envelhecimento populacional não é um fenômeno restrito a um ou outro país. É uma tendência global e, no Brasil, não é diferente. Resultado do último Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que pessoas com 60 anos ou mais passaram a representar 15,6% da população brasileira, somando cerca de 33 milhões – um crescimento de 56% em relação ao levantamento anterior, de 2010. Já a parcela de pessoas com 65 anos ou mais atingiu 10,9%, um crescimento de 57,4%.
Passamos a viver mais e a geração 50+, segmento que antes era considerado de baixa relevância econômica, hoje já é uma força do mercado global. Para empreendedores e empresas que ainda não perceberam essa mudança, é hora de se movimentar: a revolução da longevidade está a pleno vapor e ignorá-la é perder a maior oportunidade de negócios do nosso tempo.
Pessoas maduras já são responsáveis por mais de 20% do consumo nacional e injetam, por ano, cerca de R$ 1,6 trilhão na economia. Os dados também moldam um novo perfil dessa população: hoje, uma pessoa acima de 50 anos é sinônimo de protagonismo, autonomia e disposição para consumir. São consumidores exigentes, independentemente de sua formação ou poder aquisitivo.
O consumidor 50+ valoriza uma vida ativa, consumo consciente, aprendizado contínuo, saúde preventiva e experiências significativas. E mais: é uma geração que se adapta cada vez mais ao ambiente digital, utilizando a tecnologia para manter sua autonomia. Um público que se conecta por meio das redes sociais e gerencia sua saúde, finanças e entretenimento por meio de aplicativos, integrando o mundo digital ao seu estilo de vida. Importante notar que essa integração é feita de forma bastante única, preservando a particularidade das suas experiências e vivência também para o mundo digital.
Apesar do crescimento e do impacto no mercado, essas pessoas raramente são representadas em campanhas publicitárias, em ofertas direcionadas de produtos e serviços ou mesmo em modelos de negócio. As opções voltadas a esse público são escassas, e o atendimento em estabelecimentos comerciais nem sempre é adaptado às suas necessidades. Ao ignorar esse segmento, as empresas não apenas limitam oportunidades para suas marcas, mas também falham em atender a um segmento de consumidores com alto potencial.
Iniciativas bem?sucedidas já sinalizam alguma vantagem competitiva. No setor de saúde suplementar, algumas operadoras vêm desenvolvendo planos com foco em envelhecimento ativo, prevenção e serviços domiciliares. Na tecnologia, os fabricantes globais de dispositivos já consideram opções com interfaces simplificadas e recursos de acessibilidade – ainda em menor número, mas já é um avanço.
No setor financeiro, empresas passaram a observar o potencial do público mais maduro. Instituições oferecem atendimento humanizado e particularizado, consultoria para aposentadoria e soluções de crédito com interfaces digitais desenhadas sob medida para esse perfil. E ainda há espaço para o lançamento de produtos financeiros cada vez mais personalizados, visando a garantia da estabilidade financeira nessa fase da vida e a realização de sonhos.
Mas a jornada financeira do cliente 50+ ainda enfrenta barreiras. Em alguns casos, o uso de linguagem técnica, de atendimento automatizado e processos pouco intuitivos ou em constante mudança, em vez de facilitar, afastam esse público. A exclusão digital feita por empresas tradicionais ainda é real, mesmo com a expansão das vendas de smartphones e do uso frequente de aplicativos. Ainda espera-se que o cliente se adapte às empresas e não elas a esse público. Por esse motivo, as instituições que priorizam o atendimento empático, a comunicação mais simples e o desenvolvimento de produtos adaptados começam a se destacar como referência para esse consumidor.
A economia prateada é um convite à inovação, revelando mercados promissores que clamam por soluções. Acredito não existir nenhuma área da nossa economia que não tenha espaço para crescer e se transformar com foco nesse público. Os exemplos são muitos: setores de serviços e entretenimento, moradia, mobilidade urbana, turismo e muitos outros apresentam lacunas que, se endereçadas, serão uma oportunidade de ouro para quem ousa olhar além.
Ao desenvolver produtos e serviços que dialogam genuinamente com a geração 50+, as empresas não apenas se destacam da concorrência, mas também constroem um legado de valor e impacto positivo. Ser parte dessa transformação é entender que o envelhecimento da população é, na verdade, um potente motor de inovação.
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